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Vigilância Epidemiológica reforça ações para conter a dengue no Estado
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza nesta terça-feira, 8, a partir das 14h, uma videoconferência com as secretarias de saúde dos 12 municípios com o maior número de focos de mosquitos da dengue detectados este ano. O objetivo é discutir o problema, apresentar o Plano Estadual de Contingência para Enfrentamento da Dengue e propor que cada cidade elabore seu planejamento.
Segundo Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses e Entomologia da DIVE, a videoconferência será fundamental para discutir a visão epidemiológica da dengue e a importância da vigilância nos municípios mais afetados. “Com a vigilância constante dos agentes de saúde será possível detectar e controlar os focos do mosquito da dengue, diminuindo as chances de transmissão”, explica Suzana, complementando que o importante é não focar apenas na doença, mas sim na prevenção.
De acordo com os dados da DIVE, o período de maior risco de ocorrência da dengue em Santa Catarina estende-se de dezembro até maio, com a possibilidade de surtos no verão.
Segundo a gerente, no ano passado Santa Catarina teve 445 casos suspeitos de dengue e 85 confirmados. Em 2013 foram contabilizados 1.077 suspeitos e 254 confirmados. “Ainda que o número de focos venha diminuindo desde junho, o total chega a 2.218, sendo o maior já registrado no Estado”, enfatiza Suzana, completando que Chapecó continua sendo a cidade com maior ocorrência, pois foram encontrados 999 pontos do mosquito aedes aegypti.
Suzana avalia que o controle da doença é complexo e envolve fatores como infraestrutura das cidades, condições ambientais, transporte de pessoas e cargas. Além disso, depende da ação de todos, órgãos públicos e população. “As pessoas precisam ter consciência que ao cuidar de sua casa, zelam por sua saúde e de outras famílias que vivem ao seu redor”, lembra.
Outro fato que merece atenção é que Santa Catarina era, até o início desse ano, o único estado brasileiro sem circulação do vírus da dengue, ou seja, a doença só era adquirida fora do território catarinense. Em março, no entanto, foram notificados 15 casos em pacientes que se infectaram em Chapecó. Outros três casos de infecção local foram detectados em Itapema.
Municípios com o maior número de focos
- Chapecó: 999
- São Miguel do Oeste: 348
- Xaxim: 122
- Joinville: 91
- Pinhalzinho: 58
- Blumenau: 55
- Itapema 52
- Florianópolis: 39
- Guatambu: 37
- Xanxerê: 36
- Biguaçu: 29
- Balneário Camboriú: 26
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