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Você dirige como aprendeu na autoescola?
É impossível saber até que ponto as pessoas realmente põem em prática aquilo que aprendem, deixando de lado a comodidade para respeitar as normas de trânsito.
Em quais momentos você perde a cabeça com mais facilidade durante o dia? Caso você seja motorista é muito provável que em algumas situações o controle falha e a impaciência aparece como que do nada naquelas corriqueiras situações em que uma seta poderia ter evitado o estrago no para-choque.
A pintura danificada como o resultado de um ato imprudente pode ser considerado um dos menores males quando se leva em conta as consequências de todos os pecados cometidos no trânsito, os quais podem até aumentar a coluna de obituário graças às infrações que poderiam ser evitadas com uma dose de bom senso.
Em Anita Garibaldi, a maioria nas turmas formadas para as aulas que fazem parte do processo de obtenção da carteira de motorista é formada por jovens, porém há pessoas de todas as idades tirando o documento. Recentemente, inclusive, uma senhora de 67 anos iniciou o curso, mas um dos problemas mais frequentes encontrados pelos instrutores das autoescolas não é necessariamente ligado a idade dos alunos, mas sim à afinidade que eles já apresentam com a direção, uma vez que alguns dos que iniciam o curso já se consideram motoristas, mesmo não habilitados.
Muitos dirigem antes de tirar a carteira, prática que vai contra a lei e pode complicar tanto a vida do instrutor quanto a do aluno durante as aulas práticas na autoescola. “Quando a pessoa já dirige, ela vem com um monte de manias que acabam complicando o nosso trabalho”, explica o instrutor de autoescola Antônio Gilberto Ferreira.
Durante as aulas práticas o instrutor repassa todas as informações padrões e necessárias para formar um motorista apto a dirigir de um modo defensivo, como o que é ensinado durante as 45 horas de aulas teóricas que antecedem as práticas. “Os alunos aprendem sobre, primeiros socorros, meio ambiente entre outras coisas, como a direção defensiva, a qual mostra como se defender no trânsito apesar dos erros das outras pessoas, uma vez que hoje em dia não basta que se dirija somente para você, também é necessário dirigir cuidando dos outros”, disse Gilberto sobre a parte teórica do curso. O instrutor ressaltou também que trabalha muito sobre a sinalização durante as suas aulas, trazendo à tona uma questão que é a causa de muita dor de cabeça no trânsito anitense: a falta de sinalização por parte dos motoristas na hora de dirigir.
PEDESTRES X MOTORISTAS
Carros, motocicletas, bicicletas e pedestres interagem a todo o tempo no trânsito. Sendo assim, alguns problemas acabam sobressaindo-se nas ruas, criando situações de risco, como pode-se perceber na fala da agricultora Maria da Silva: “Eu penso que os motoristas deveriam respeitar mais os pedestres, principalmente na hora de atravessar a rua”.
O problema de dona Maria poderia ser amenizado e até evitado se faixas de pedestres existissem nos pontos mais movimentados da cidade até os motoristas concordam com isso, como diz Francisco da Silva Rodrigues, mecânico ajustador: Se tivesse faixas principalmente no cruzamento em frente a prefeitura seria mais fácil pros motoristas identificarem os locais onde pode haver pessoas atravessando a rua”, disse Francisco ressaltando ainda que Anita Garibaldi é uma das poucas cidades que ele conhece onde não há faixas em ruas tão importantes.
Além de a cidade não possuir sinalização adequada, o desrespeito de alguns motoristas acaba complicando ainda mais a situação, como diz a professora Cintia Freski, a qual lembra que “muitas pessoas acabam abusando da velocidade em qualquer dia da semana a qualquer horário, e nem levam em conta o fato de que pode ter alguma criança brincando na rua”.
Levando em conta sugestões e reclamações, percebe-se que apenas dirigir bem seguindo todas as regras ensinadas pelas autoescolas não é só responsabilidade apenas do bom senso do motorista. Pedestres têm que saber como se comportar nas ruas, as quais precisam ser bem projetadas e mantidas com calçadas e sinalizadas de tal forma que não coloque em risco ninguém que por ela passe.
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