R$ 510 em 2010
Com o aumento de R$ 45, o mínimo deste ano passa a metade de R$ 1.000
De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, temos as seguintes definições: *SALÁRIO: s.m. 1 pagamento por serviços prestados; ordenado [...]; *MÍNIMO: adj. 1 muito pequeno 2 menor que todos os demais [...]. Sendo assim, temos o salário mínimo como a menor remuneração fixada por lei e paga a um trabalhador com carteira assinada, ou seja, este salário é equivalente ao piso mínimo de remuneração para os trabalhadores legalizados. Cada país tem o seu próprio salário mínimo e leis que regem sobre ele. No Brasil, o salário mínimo foi criado na década de 40 no governo de Getúlio Vargas. Na época, ele tinha 14 valores diferentes e não existia reajuste anual, como acontece agora. O valor do salário mínimo é definido pelo governo federal e leva em consideração as reivindicações dos trabalhadores, a situação econômica em que o país se encontra e os impactos que o aumento do salário trará aos cofres públicos. A preocupação com os cofres é necessária já que, o salário mínimo serve como base salarial para alguns segmentos da previdência social, desta forma, quanto maior o aumento salarial, maiores ficam as contas da previdência. Até o ano passado, o salário mínimo era de R$ 465. A partir do dia 1º de janeiro deste ano, o novo mínimo passou a ser de R$ 510. O valor do salário deve ser capaz de manter o poder aquisitivo do trabalhador, movimentando a economia, além de atender as necessidades básicas de todo trabalhador e sua família com despesas como moradia, transporte, alimentação, higiene, saúde, educação, lazer e vestuário, sem esquecer os gastos com a previdência, que para muitos é a única garantia de descanso no futuro. Mas de pouco adianta um aumento aparentemente significativo se a inflação desequilibra a economia com a alta dos preços e a desvalorização da moeda, provocando a perda de seu poder de compra. No Brasil, é característica do salário mínimo o seu ajuste para a inflação. Não podemos ficar contentes com o alto valor em dinheiro que pode chegar o salário, e sim, com o quanto que este dinheiro vale, podendo, ou não, comprar e abater as necessidades do trabalhador e seu grupo familiar. O salário mínimo, entre tantas características, deve ser a ponte que proporciona a comunicação entre a economia universal e o mínimo de dignidade financeira a uma família.
Por Diego Prescendo
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