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AFRICANIDADES

Jandi. www.jandiamarante@yahoo.com.br

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. (Nelson Mandela)
Esta frase revela a essência de um grande líder africano: Nelson Mandela, que foi o principal representante do movimento contra o Apartheid. Ele é considerado pelo seu povo um grande guerreiro na luta pela liberdade. Mandela nasceu na região de Transkei. Aos 7 anos tornou-se o primeiro membro de sua família a frequentar a escola, logo depois ficou órfão de pai. Então em 1934, mudou-se de cidade e começou o curso para bacharel em direito, na universidade de Fort Hare. No final do primeiro ano envolveu-se com o movimento estudantil, num boicite contra as políticas universitárias e foi expulso da universidade. Dali foi para Johanesburg, onde terminou sua graduação na universidade da África do Sul.
Como estudante de direito, Mandela envolveu-se na oposição ao regime do Apartheid que negava aos negros. Em 1955, divulgou a Carta da Liberdade, documento contendo um programa fundamental na luta contra o Apartheid. Comprometido no início apenas com atos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Shar Pervill em março de 1960, quando a polícia sul africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.
Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado, fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares do governo e viajaram à Argélia para treinamento paramilitar. Em agosto de 1962 Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua.
Durante os 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou um símbolo da oposição ao Apartheid e o clamor “Libertem Nelson Mandela” tornou-se o lema das campanhas contra o Apartheid em vários países. Em 1970 ele recusou uma revisão de pena e em 1985 não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada.
Ficou preso até 1990, quando foi liberto por ordem do presidente Frederik de Klerk, em 11 de fevereiro, aos 72 anos de idade. No ano de 1994, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, permanecendo no cargo até 1999, comandando a transição de regime do Apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.
Em 1993, Mandela ganhou o prêmio Nobel da Paz. Aos 85 anos, em 2004 Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção por seu compromisso na luta contra a AIDS em seu país.
Ao contrário do que muitos pensavam, Mandela não buscou vingança, ao invés disso, ele escolheu o caminho do perdão e da democracia. E é por isso que dia 11 de fevereiro, é dia de comemoração para africanos e afrodescendentes. Dia de celebrarmos 20 anos da libertação de nosso herói na luta contra a segregação racial. Luta esta que não é apenas do Mandela, mas que nos inspira, na nossa luta diária.
Axé a todos. Jandi.
www.jandiamarante@yahoo.com.br

 

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