logo RCN

FAMÍLIA E ESCOLA

Por João Maria

Família e escola: uma parceria imprescindível. É imperioso que dois dos principais pilares do construto da humanidade – família e escola – estejam muito próximos. Porém cada um com seus distintos papéis e missão, objetivando o sucesso da formação integral, através de uma sólida parceria e de soma de esforços. Só assim será possível superar os grandes desafios deste nosso desvairado mundo contemporâneo.

A família, como sabemos, deve ser a primeira educadora dos filhos e, por isso, necessita zelar constante e diuturnamente por esse processo fundamental para o desenvolvimento integral deles. Por consequência, é o fundamento para a evolução saudável de nossa sociedade. É na família, também, que devem ser cultivados os valores essenciais como afeto, respeito, autoestima, responsabilidade, solidariedade. São qualidades relevantes para o processo de pertencimento e favorecimento da individuação dos filhos.

A escola, concomitantemente, é parceira essencial da família na construção desse ser em formação, pois colabora efetivamente para o crescimento intelectual, cultural, social, cognitivo, crítico, científico e espiritual.

A escola em casa – As funções básicas e os papéis dos componentes de um família devem estar claros e, por isso, indistintamente, possuem direitos e deveres no lar. Precisamos entender plenamente o papel de ser pai, ser mãe e ser filho: os pais, em mostrar os valores da vida e fazer com que os filhos compreendam a sua missão; os filhos, em ajudar os pais a se unirem sempre mais, fazendo-os cumprir dignamente a sua missão. A firmeza, as broncas, as cobranças, as regras e os "nãos" são sinais profundos e evidentes de amor "quem ama, cuida". Cuida sempre. "Quem ama, educa". Exige. Acompanha. Leva e busca em baladas. Observa as amizades do filho e está sempre atento a tudo.

Um dos inúmeros deveres dos pais é oportunizar aos filhos a educação formal, dimensão formativa que só terá sucesso se a ela for conferida especial importância. Para a educadora Guiomar Namo de Mello "é necessário criar em casa um ambiente ordenando, com rotinas e rituais básicos à solenidade da aprendizagem, como por exemplo, a hora e o canto da lição de casa". Precisamos entender que a valorização dos estudos ou seu desinteresse, por parte de um filho/estudante, estão intrinsecamente atrelados à importância atribuída, ou não pelos pais. "O grau de estima e valorização é um gerador de motivação ante o aprendizado escolar", já dizia Puhl.

Pais, não deixem de ir à escola! A crise da educação brasileira é histórica, mas jamais vivenciamos momentos de desempenhos tão sofríveis, estarrecedores e preocupantes como bem demonstram os dados das últimas avaliações. Observa-se que a escola não tem dado conta de cumprir com todo o seu compromisso social, pois imensos e diversos são os desafios enfrentados por ela. Assim, é preciso que a família assuma o seu verdadeiro papel de educadora, e não transfira a sua responsabilidade para a instituição escolar.

A responsabilidade institucional de ensinar é da escola e a responsabilidade de educar na plenitude é da família. Entretanto família e escola dissociadas podem comprometer substancialmente a formação holística dos nossos bens mais preciosos: nossos filhos, nossos alunos.

Senhores pais (pai e mãe, não somente mãe...), não deixem de ir à escola de seus filhos. O acompanhamento escolar sistemático dos filhos é fator preponderante para fortalecimento dos laços afetivos da família e para um desenvolvimento educacional saudável, satisfatório.

Por isso, família e escola, façam a vossa lição e atentai-vos: "Adquirir a sabedoria vale mais que o ouro; antes adquirir a inteligência que a prata" Provérbios 16,16)

 

João Maria da Silva

 

Referências:

Cestari, Jair em Jornal Mudo Jovem – Ano 47 – n. 393 – fevereiro de 2009.

Cestari, Neuliane Auxiliadora Rondon Garcia, Idem

 

Anterior

MÃE

Próximo

COMO VAMOS?

Deixe seu comentário

Editorial