Filha de abdonesne e anitense conquista título inédito para o Brasil
OLHO NO OLHO
Vagner confessa estar arrependido pelo crime cometido
Em entrevista exclusiva ao jornalista Sérgio Pinheiro, Vagner abre o jogo e conta a sua versão sobre o crime que tirou a vida da Professora Gessy Fernandes Suppi no final da tarde de sexta-feira (09/03), dentro da própria casa da vítima. O fato teve grande repercussão e comoveu toda a população anitense.
Vagner de Oliveira Fernandes, 49 anos, pede um julgamento justo e diz ter ido até a casa da professora naquele dia, apenas para conversar com o filho dela, afim de esclarecer um fato ocorrido anteriormente.
Deixamos bem claro aos leitores que se trata unicamente da versão dele. Quanto a veracidade ou não das respostas, nós não temos nenhuma responsabilidade sobre tal.
Correio dos Lagos: Vagner esclareça o que aconteceu naquela tarde?
Vagner? Eu tive um probleminha com meu filho Gabriel e o Rodrigo, filho da Gessy, que eram acusados de terem ofendido verbalmente os policiais militares. No dia do fato eu estava cortando grama em frente a minha casa, quando vi o Rodrigo e a Gessy chegarem de carro. Cortei mais um pouco de grama, quando começou uma chuva, fazendo com que tivesse que parar de trabalhar. Guardei o cortador de grama na garagem e pensei em ir até lá esclarecer as coisas com o Rodrigo, para nós tentarmos fazer um atalho nessa situação.
Correio dos Lagos: Você entrou pelo portão da frente ou foi pelos fundos da casa?
Vagner: Eu fui pelo portão da frente. Ele estava aberto.
Correio dos Lagos: E daí o que aconteceu quando chegou na casa?
Vagner: Eu cheguei na porta e essa estava aberta. A Gessy estava lá no telefone. Eu não vi se ela estava falando ou não. Eu bati e disse: Gessy o Rodrigo está aí. Ela olhou pra mim e começou a me ofender verbalmente. Acho que ela fez isso porque descobriu que eu tinha dedurado o Rodrigo, mas fiz para o bem dos nossos filhos.
Correio dos Lagos: Ficou somente no xingamento verbal?
Vagner: Não. A Gessy veio em minha direção na porta e me bateu com o telefone. Não me recordo se foi na cabeça. Eu disse: o que é isso? e empurrei ela para dentro. Novamente veio em minha direção e me bateu por várias vezes. Daí eu não tendo forças nas pernas e nos braços, pois sou atrofiado por causa do reumatismo, eu puxei um canivetinho que tinha no bolso, abri e levei em direção dela. Pelo que notei ela não viu o canivete. Acho que acertei a altura do peito ou o pescoço, não me lembro direito.
Correio dos Lagos: Aí ela caiu no chão?
Vagner: daí nós se enrolamos e já vi aquela sangueira em mim. Nós caímos no chão meio para dentro da sala. Então só tratei de fugir.
Correio dos Lagos: E conseguiu?
Vagner: Quando cheguei na porta, percebi a presença de policiais, pois tinha acontecido um acidente e a viatura da polícia estava encostada bem na frente do portão. Ai só tratei de fugir pelos fundos, pulando a cerca.
Correio dos Lagos: Foi para sua casa?
Vagner: Sim. Cheguei lá tirei minhas roupas e fui numa cômoda, peguei uma chave da casa dela que tinha comigo, coloquei no meio da roupa suja de sangue, juntamente com o canivete e guardei tudo no fundo de uma lareira. E foi isso o que aconteceu. Aí só tratei de tomar o meu banho e fiquei esmorecido em casa sem saber o que fazer.
Correio dos Lagos: Você está arrependido pelo que fez?
Vagner: Meu Deus do Céu. Eu não fui para fazer nada lá (chorando..). Eu não fui para fazer nada. Eu tenho uma família para criar. Eu tenho umas vaquinhas lá no sítio para tentar dar uma faculdade para minha filha em Florianópolis, porque somente com o meu salário não estava dando mais. E aconteceu isso aí tudo. Agora perdi família, perdi tudo...Isso aí não é fácil...Estou arrependidíssimo... Deus me livre...Agora eu estou lá na cadeia só sofrendo...Deus me livre, isso aí não é vida, Deus me livre (chorando)....
Correio dos Lagos: Deixou a Gessy ainda com vida no local?
Vagner: Eu não sei. Eu me assustei muito com aquela sangueira toda. Simplesmente não sei. Me deu uma tremedeira na hora. Tanto é que, depois fiquei sabendo com o policial Rubens Orbatos em Lages, que tinham achado um pedaço da lâmina do canivete, e que o mesmo tinha quebrado. Eu nem sabia disso.
Correio dos Lagos: A polícia encontrou objetos pessoais dela. Por que você mantinha essas coisas guardadas?
Vagner: Ela me entregava e eu simplesmente guardava na lareira para esquecer. Eu achava que o fogo queimava tudo.
Correio dos Lagos: Se considera inocente?
Vagner: Eu tenho culpa por causa de tudo o que aconteceu. Foi uma briga. Na verdade ela me atacou. Se a gente tivesse conversado tudo isso jamais teria acontecido. Se ela só tivesse me ofendido verbalmente, eu teria ido para casa e tudo seria evitado.
Correio dos Lagos: O que você espera que aconteça agora?
Vagner: Um julgamento Justo. Só isso.
Correio dos Lagos: Como é o convívio com os companheiros de cela?
Vagner: O pessoal me trata bem. Nós somos companheiros lá. Quando eu tenho dificuldade de levantar da cama, eles me ajudam.
Correio dos Lagos: Por que então tentou o suicídio na prisão?
Vagner: Eu deitava na cama lá e só pensava em júri, júri e ainda não tinha nem advogado. Eu entrei numa depressão profunda e por detalhes que não perdi minha vida.
Deixe seu comentário