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Candidato tem que ter papo

 Apresentar um santinho com uma foto simpática, um slogan cheio de promessas e o número para as urnas não é uma coisa difícil de fazer.

O cara a cara dos candidatos com o eleitor, naquela visitinha básica que acontece de quatro em quatro anos, não é o suficiente para que todas as propostas sejam apresentadas e o eleitor fique satisfatoriamente convencido a colaborar, por isso ainda há os banners, outdoors, faixas, adesivos, uma infinidade de outras estratégias que ajudam os eleitores a lembrar dos números até os últimos dias de campanha.
Ultimamente os candidatos tem invadido as redes sociais, postando de minuto em minuto alguma coisinha, mesmo que não seja nada relativo a campanha, afinal eles sabem que aquela velha máxima publicitária ainda é válida: quem não é visto, não é lembrado.
Político que se preze é como comerciante: aproveita todas as vias comunicativas para chegar até seu público, por isso os candidatos não hesitam em contratar carros de som que rodem pela cidade tocando jingles tão grudentos quanto as músicas do Michel Teló.
Esta semana foi iniciada uma nova forma de chamar a atenção dos eleitores pelo ouvido. A televisão e as rádios deram lugar em sua programação aos candidatos se apresentarem, cada um com um tempo pré-estabelecido por lei.
Apesar da perda de espaço para outras mídias, principalmente a televisão, o rádio ainda é um veículo que tem grande importância para uma boa campanha eleitoral, podendo ser decisivo na hora de conquistar indecisos, ao mesmo tempo em que pode derrubar a credibilidade já conquistada até então. 
Até a última terça-feira, fora as visitinhas rápidas, a única oportunidade que os candidatos tiveram para falar foi durante os comícios e reuniões. Na verdade, pode-se dizer que esta nova fase da campanha, baseada na oralidade, é muito interessante para que os eleitores possam observar não somente qualquer proposta, mas também a capacidade dos candidatos de defender seus objetivos, conquistar e até persuadir de forma pacífica, afinal candidato que é político de verdade tem que ter papo.
 
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