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Carnaval da luxúria

Correio dos LAGOS - 437

19/02/2015 08:15

Há os que criticam e os que vivem disso e pensando nisso. Entramos também no ritmo do Carnaval, a festa que toma conta das notícias do Brasil e faz o nosso país ser notícia pelo mundo. Dizer que os brasileiros param por conta dessa data não seria verdade, pois o que mais se vê são pessoas em movimento, dançando, viajando... mas há sempre os que optam por aproveitar o feriado para descansar.

O Carnaval é a festa que não tem idade para ser celebrada e nem vergonha. Vergonha não somente no sentido de que homens se vestem de mulheres e vice-versa, mas por outros fatores.

Embora o slogan alegria e cultura seja o que mais é enaltecido, sabemos que o Carnaval não é só sorrisos e folia quando temos tristes realidades de violência, corrupção, precariedade na saúde, deficiência nos setores mais urgentes para a qualidade de vida da população entre outros aspectos negativos.

Quando as escolas de samba entram para desfilar, o encanto engrandece os olhos de toda uma massa que as assiste. São fantasias que esbanjam gastos, mostrando o incalculável valor financeiro exposto na passarela do samba.

De Sul a Norte o Carnaval demonstra os seus gastos. De fato o lazer está previsto dentro da Constituição Federal, mas convenhamos que antes de pensar em se divertir àqueles que estão em filas de hospitais esperando por atendimento não estão nem aí para a maior festa do país. Eles queriam eram salvar suas vidas, receber atendimento rápido e qualificado, para depois, um dia quando estivessem bem pudessem pular Carnaval. E o Governo será que não enxerga que o Brasil está precisando de ajuda, que antes de se divertir precisava era sanar as medidas mais urgentes para permanecer em pé, ou melhor, se reerguer?

Para tudo precisa-se de administração, se é difícil para uma pessoa administrar-se, sabendo que deve controlar-se nas despesas para viver razoavelmente bem, imagina então o quanto um Governo necessita planejar-se para não perder o controle e arriscar que o empenho de cada cidadão acabe indo para o ralo.

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