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Contentamento descontente

Assumir responsabilidades requer assumir compromissos. Não que eles não estejam sendo cumpridos, mas neste primeiro momento de atenção nacional às decisões do governo, a tensão com oposição é inevitável. Está aberta a primeira temporada de jogos políticos após as eleições.

Neste primeiro tempo, a aprovação do novo valor do salário mínimo entrou em cena na mídia e se tornou uma grande pedra no sapato de Dilma. Como dizem por aí já virou novela.

A população exaltada nem sempre compreende que um aumento muito grande pode causar rombos gigantescos aos cofres públicos. A desvalorização da moeda seria consequência inevitável, assim como a alta na inflação. O importante não é o quanto ganhamos, mas sim o quanto o nosso dinheiro pode comprar.

Não há dúvidas que para qualquer presidente é uma tarefa árdua a aprovação do salário mínimo, afinal é muito fácil para a oposição ir ao palanque e defender um mínimo alto já visando vindouras campanhas políticas.

Muitas vezes a oposição, não somente a desse governo, mas também de passados, afinal a oposição sempre pode querer cinco reais a mais, um pouquinho qualquer a mais. Para os que estão no poder sobra a difícil tarefa de passar para a população quanto qualquer real à mais soma acumulado, sem esquecer de falar nos 25 milhões de aposentados e pensionistas que o governo sustenta através da previdência.

Mas existem controvérsias, enquanto um assalariado luta por conseguir a aprovação de R$ 545 reais um aumento para muitos razoável, mas para a maioria dos brasileiros algo que mal dá pra pagar as contas e levar comida pra dentro de casa, os deputados e senadores tem seus salários reajustados e passam a ganhar mais de 26 mil reais. Tudo bem que a realidade é bem diferente, os gastos são diferentes, mas quem paga seus salários? O povo que continua ganhando R$ 545 reais.

O presidente da república ganha o mesmo valor que os outros parlamentares, mas ele é apenas um. Entre deputados e senadores são quase 600 ganhando os R$ 26 mil por mês. Pois bem, tem gente que passa uma vida inteira e não vê a cor desse dinheiro.

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