logo RCN

Finados que nunca nasceram

Dificilmente o ser humano pedirá para morrer. Mais difícil ainda será ele pedir para nascer. A única coisa a se fazer é respeitar a vida.

Às Vésperas do feriado de Finados e das eleições presidenciais, o papa Bento 16 falou sobre questões que dividem opiniões e causaram atritos entre eleitores e candidatos brasileiros, entre essas questões estava o aborto.

Finados e aborto estão em extremos opostos: a vida e a morte.

Dia de Finados (ou dia dos mortos) é uma data celebrada pela igreja católica, quando as pessoas rezam e vão a cemitérios orar pelos parentes e amigos que já faleceram, assim como também a todas as almas esquecidas ou que já não tem nenhum vivente por elas.

Olhando para o outro extremo, vemos o aborto. A ação de abortar, é mais do que interromper, é também matar. Estamos cientes de que há várias situações para o aborto, como por exemplo o da mãe morre ao ter que abortar o filho desejado e o da menina leviana que pensa em viver ao matar a vida inocente.

É no aborto que podemos ver um dos mais claros atos de findar aquilo que não começou. É nele também que podemos fazer a trajeto mais curto entre a vida e a morte.

Ultimamente, o finado que não nasceu e o desenganado que não principiou a morte tem uma coisa em comum, ambos pularam uma fase da vida.

E ai vem o Papa, pedindo aos bispos brasileiros que orientassem politicamente os eleitores católicos. Mas orientar em quê? Só se orienta aquilo que existe. A questão não é tanto orientar como é plantar a semente de ética, humanidade e respeito à vida, que muitos não têm germinada na consciência.

A vida por si só já não é respeitada há muito tempo no mundo inteiro, mas quando se acrescenta a essa vida a inocência o caso muda de lado, até sanguinários assassinos sabem disso. Em mares de impunidades, há sempre inocentes pagando por crimes que não cometeram, por ações que não fizeram e palavras impronunciadas. Enquanto não aprendermos que os dias passam principalmente para que aprendamos com nossos erros, não saberemos julgar quem merece, pois não teremos experiências e conhecimento que servirão de bases para a análise e julgamento.

Dificilmente o ser humano pedirá para morrer. Mais difícil ainda será ele pedir para nascer. A única coisa a se fazer é respeitar a vida.

Anterior

A desigualdade e o IDH pouco ascendente

Próximo

As artimanhas dos desesperados

Deixe seu comentário