São tão bonitas aquelas fotos que vemos nos antigos álbuns de família que ilustram a cidade coberta de neve nas décadas de 60 e 70. A neve na região serrana é como o mar na região litorânea: um atrativo turístico que encanta as pessoas que buscam férias clichês.
Embora ultimamente a neve não seja mais tão frequente, intensa; e as baixíssimas temperaturas não durem por mais tempo do que um final de semana, o inverno serrano da região sul brasileira ainda chama muito a atenção das pessoas de todo o país. Mas, como chama a atenção? Para que os olhos se voltam quando se ouve falar em frio? Em primeiro plano sobressai-se o turismo e o deslumbramento com meio centímetro de geada, posteriormente, quem sabe, quando o frio gelar os dedos de uma forma insustentável, os amantes do inverno vejam o lado menos agradável das estações geladas, o lado do frio que machuca a pele desnuda.
A região sul é uma das mais abastadas desse país rico, subdesenvolvido ou em desenvolvimento (contradições à parte, tudo depende do ponto de vista!). Porém, não é por este fato que não há pessoas que precisam da ajuda dos outros para se proteger do frio das manhãs, noites e madrugadas, portanto ajudar doando roupas (agasalhos, mais especificamente) e cobertores nas campanhas que sempre são feitas na região é praticar um ato de humanidade.
Dizem que os primeiros frios são os mais sentidos, então provavelmente todos estão cientes de que logo mais a situação vai piorar, por isso as pessoas podem começar a se perguntar mais uma vez sobre como podem ajudar quem necessita, afinal de contas, não importa onde você mora, nestes tempos em que até tomate vale ouro, sempre tem alguém que precisa de ajuda. Até mesmo aqueles turistas que vem de longe gastar seus tostões aqui no sul podem ajudar, uma vez que, se estão curtindo “férias clichês”, podem entrar numa onda modista filantrópica.
Então, qual mala de roupas você está preparando para este inverno? Aquela para a doação ou para a viagem?
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