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Pílulas anticoncepcionais: tão diversas quanto as mulheres

Vocês são melhores amigas, vestem-se de maneira semelhante, gostam das mesmas músicas mas...usam anticoncepcionais diferentes? Por quê?
Pelo simples fato que dividir coisas em comum não faz das mulheres seres idênticos no aspecto biológico. Hábitos de vida, como o tabagismo, história pessoal e familiar e até mesmo o quanto você está acima do peso influenciam na escolha de uma pílula anticoncepcional. Portanto, vale lembrar que a pílula prescrita para uma parente ou uma conhecida pode não ser a ideal para o seu corpo e, assim, provocar alguma reação adversa, como a retenção de líquidos, acentuar a depressão e, em casos raros de pessoas que já têm uma predisposição genética, causar trombose ou problemas cardiovasculares.
As pílulas já estão chegando à terceira idade, foram criadas em meados de 1960 e, hoje, fazem parte da vida de mais de 100 milhões de mulheres pelo mundo. Além do seu objetivo principal, que é a prevenção da gravidez, elas têm, também, outros benefícios, como a regulação da ovulação, a melhora da temida espinha (acne), redução do ciclo volumoso, das cólicas, da tensão pré-menstrual (TPM) e, até mesmo, a prevenção do câncer de ovário ou endométrio.
Elas são compostas por dois hormônios sintéticos que imitam o Estrogênio e a Progesterona, os quais são os mensageiros químicos do corpo responsáveis, dentre muitas funções, por regular a ovulação e o ciclo menstrual. Quando a mulher ingere esses dois compostos sintéticos, o organismo entende que não precisa produzir os hormônios naturais, impedindo a ovulação.
As marcas diferem umas das outras pela composição dos hormônios utilizados, na dosagem destes dentro de cada comprimido e do número dos mesmos e, cada tipo é indicado de acordo com as características específicas do organismo da mulher. Por isso, para iniciar o uso ou trocar o anticoncepcional, deve-se procurar um médico. Por mais que a amiga, vizinha ou parente seja bem-intencionada e que vocês tenham diversos pontos em comum é necessário que se avalie muito mais do que preferências mútuas. A história de vida e escolhas também são decisivas na indicação de um método contraceptivo e isso é muitíssimo pessoal. 

Sabrina Floriani, Médica de Família, professora do Curso de Medicina da Universidade da Região de Joinville - Univille, coordenadora da Liga de Medicina de Família da Univille.

Karolyne Vogel, acadêmica do 3º período do Curso de Medicina da Universidade da Região de Joinville - Univille, membro da Liga de Medicina de Família da Univille.

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