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Pellizzaro afirma que aumento da Selic reduz crescimento econômico
CNDL e SPC Brasil defendem que inflação precisa ser contida por meio de ajustes fiscais na máquina pública.
O novo aumento de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) poderá reduzir a capacidade de crescimento da economia brasileira e em especial o consumo das famílias. A avaliação é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Com o reajuste anunciado na noite desta quarta-feira (26) pelo Banco Central, o índice passa para 10,75% ao ano.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a elevação dos juros não é capaz de resolver sozinha a escalada dos preços. Para isso, o controle inflacionário precisa ser realizado, prioritariamente, por meio de um amplo ajuste fiscal na máquina pública, com cortes de gastos de custeio do governo e desoneração dos setores produtivos.
Na avaliação do movimento lojista, o aperto inflacionário precisa ser contido, mas é indispensável buscar alternativas que não penalizem a atividade econômica, o consumo e os setores produtivos. “A elevação da Selic vai frear ainda mais o ritmo do crescimento do país e com impacto nocivo para a expansão do crédito e a geração de empregos”, alega Pellizzaro.
Com os juros no maior patamar em 25 meses, após sete altas consecutivas, a CNDL e o SPC Brasil acreditam que o ciclo de elevações da Selic esteja chegando ao fim. “Vários indicadores apontam para uma trajetória de desaceleração da atividade econômica, principalmente a produção industrial e o varejo. É de se esperar que a partir de agora esse ciclo de elevação da taxa básica de juros seja interrompido. Nenhuma medida que venha barrar o desenvolvimento produtivo é benéfica para o país”, ressalta.
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