logo RCN

Produção orgânica traz bons resultados para agricultores

Em tempos de consciência ambiental, tudo vale para preservar a saúde do meio ambiente, e consequentemente a nossa própria saúde.

A nossa própria saúde. Por isso vêm surgindo novas técnicas de produção agrícola, as quais visam sanar impactos ambientais e produzir alimentos de boa qualidade para o homem. Foi seguindo essa ideia que 22 agricultores da região criaram a Coperanita e estão produzindo uma grande variedade de produtos cem por cento orgânicos. 

Em Anita Garibaldi, o agricultor José Pinto Neto, apostou na produção orgânica e investiu em aproximadamente dois hectares e meio com estes tipos de produtos. Há doze anos, essa área de terra é reconhecida com certificação o que garante um produto totalmente livre de agrotóxicos. “O agricultor que deseja ter sua produção reconhecida como orgânica, precisa parar de usar agrotóxicos no mínimo um ano antes do acompanhamento técnico iniciar,” disse José Pinto, 47 anos, sempre vivendo da agricultura. Após este período, de acordo com o produtor, o acompanhamento especializado é iniciado, juntamente com a análise do solo e da qualidade da água.
A Ecovida, entidade responsável pela certificação, é associada a cooperativa lageana chamada Ecoserra, a qual possui cerca de 432 produtores associados em toda a Região Serrana e distribui a eles as sementes orgânicas. A formação de cooperativas é muito comum neste tipo de produção, uma vez que a maioria dos participantes é de pequenos produtores.
Em uma lavoura orgânica nem tudo se salva, afinal a falta de inseticidas faz com que algumas pragas se proliferem e prejudiquem a plantação. Entretanto, de acordo com Zé Pinto como é conhecido, isso é um sinal de que a produção é realmente livre de qualquer tipo de veneno. “Vi em palestras e cursos que fiz sobre a produção orgânica, que este é um indicativo de que a produção é sem agrotóxico, afinal não há lavoura orgânica sem nenhum tipo de bicho”, explica o agricultor mostrando que tem aproveitado as oportunidades de participar dos seminários que muitos outros produtores não participam.
Mas além de produtos livres de química, o grupo de produtores pertencentes a Coperanita tem investido em pesquisas e testes em duas lavouras experimentais no município de Anita Garibaldi. A cooperativa anitense tem 22 variedades de milho crioulo, o qual tem uma genética que o caracteriza por ser mais resistente à algumas pragas e ser mais flexível às condições climáticas desfavoráveis, porém menos produtivo do que o milho transgênico. Os agricultores apostam firme na produção de sementes crioulas, crentes de que conquistarão mercado com um produto de boa qualidade.
A maior parte da produção de seu Zé Pinto é vendida para o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos destinado a merenda escolar. Esses produtos são entregues para outros municípios devido a agilidade do pagamento. Naturalmente, o agricultor também aproveita os frutos de sua terra, comentando que já ofereceu jantares nos quais de nove produtos servidos, sete eram produzidos por ele. “Eu não troco o campo por nada. Gosto muito daqui e temos condições de vida tão boas quanto as da cidade,” comentou ele satisfeito, complementando sobre sua produção: “Daqui para frente, o futuro dos pequenos produtores é a agricultura orgânica.”
 
Pêssego e  maçã, uma aposta que deu certo Anterior

Pêssego e maçã, uma aposta que deu certo

Aumentam as vendas e o número de veículos em circulação Próximo

Aumentam as vendas e o número de veículos em circulação

Deixe seu comentário