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Resgate de peixes é realizado na Hidrelétrica Garibaldi
Rio Canoas Energia S.A., empresa responsável pela implantação da usina, está colocando em prática os estudos de meio ambiente previstos no Programa Básico Ambiental, entre eles o de monitoramento e salvamento da ictiofauna no rio Canoas.
Sobre a Usina Hidrelétrica Garibaldi: A Rio Canoas Energia S.A. venceu o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e recebeu a concessão do Governo Federal para construir e operar a UHE Garibaldi por um período de 35 anos. A usina está em implantação entre Abdon Batista e Cerro Negro, abrangendo ainda os municípios de Campo Belo do Sul, São José do Cerrito e Vargem. Com uma potência instalada de 191,9 MW (megawatts) e investimento de R$ 800 milhões, o empreendimento irá reforçar o sistema elétrico do País. Ao todo estão sendo desenvolvidos 24 programas para reduzir ou compensar possíveis impactos socioeconômicos e ambientais na região. Há atualmente cerca de 900 funcionários diretos.
Uma ação de preservação garantiu o resgate de mais de 3 mil peixes do rio Canoas, em um trabalho desenvolvido dentro das obras de implantação da Usina Hidrelétrica Garibaldi, localizada entre os municípios de Abdon Batista e Cerro Negro. Entre as principais espécies encontradas durante a ação, que encerrou-se esta semana, estão cascudos, lambaris, traíras, jundiás, joanas, dentre outras.
Uma estrutura conhecida como ensecadeira – pequena barragem provisória que serve para desviar o rio quando é necessário construir, permitindo o trabalho em local seco – foi instalada onde ficará a barragem principal do empreendimento. Para garantir a sobrevivência dos animais contidos na ensecadeira, após o bombeamento da água os peixes foram retirados dos locais de risco e devolvidos à calha do rio Canoas. Um processo de adaptação da temperatura da água ocorreu no momento da soltura dos animais, com a finalidade de evitar transtornos por choque térmico (devido à diferença de temperatura da água da ensecadeira, em relação à água do rio).
O morador de Abdon Batista, Celito Reck, 48, pesca desde criança no rio Canoas. "A gente sabe que a vinda da usina pode mudar o ritmo da pesca, mas é bom saber que a empresa está fazendo o possível para não alterar a vida do rio e manter as espécies nativas", avaliou.
De acordo com o engenheiro de aquicultura e responsável pelo programa de monitoramento e resgate de ictiofauna, Régis Canton, o trabalho vai além e contribui para o conhecimento das espécies da Bacia do Rio Uruguai e a consequente tomada de medidas conservacionistas, garantindo a preservação da fauna aquática da região do empreendimento. Os estudos sobre a população de peixes da área da usina continuarão e serão publicados trimestralmente de acordo com as indicações do Programa Básico Ambiental (PBA).
O trabalho faz parte do Programa de Monitoramento e Manejo da Ictiofauna do empreendimento e ocorre desde o mês de março do ano passado. Através de campanhas de campo trimestrais, é realizado o monitoramento dos peixes, a coleta de ovos e larvas acompanhada por triagem, a identificação do material de campo e análises de laboratório. O intuito do programa é reduzir os possíveis impactos gerados com a construção e operação da usina.
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