Os cuidados primários da saúde produziram resultados satisfatórios, mas a doença não tem recebido a mesma atenção.
A conferência internacional sobre Cuidados Primários da Saúde, realizada em Alma-Ata, capital do Cazaquistão, em setembro de 1978, com representantes de 136 países, elaborou uma declaração, da qual destaco: 1) Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade -, é um direito humano fundamental -, e a consecução do mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização requer a ação conjunta de vários setores. 2) A desigualdade no estado de saúde dos povos é política, social e economicamente inaceitável.
As metas estabelecidas pela conferência estavam programadas para serem atingidas por todos os povos do mundo até o ano 2000.
A revista médica inglesa The Lancet publicou, em dezembro, artigos sobre as doenças entre 1990 e 2010 seguindo as informações do GBD 2010 (Global Burden of Disease Study), Estudo da Carga Global de Doença. O GBD 2010 é composto por centros de excelência no mundo, pela Organização Mundial da Saúde com apoio do Banco Mundial e Fundação Bill & Melinda Gates. Cito apenas três da conclusões: 1) Houve queda da mortalidade das crianças até cinco anos de idade. 2) As mortes por acidente de trânsito aumentaram certa de 50%. 3) A expectativa de vida para as pessoas aumentou, ultrapassando os 70 anos na maioria dos países, porém, a população ficou mais propensa a doenças do coração, cérebro, câncer, olhos, rins, ossos e diabetes.
Os cuidados primários da saúde, conduzidos por governos capacitados, produziram resultados satisfatórios, mas a doença não tem recebido a mesma atenção, em virtude da inoperância dos governantes para que a longevidade do ser humano seja digna e feliz.
Referência:
COLLAÇO, Jauro. Sobre a saúde e a doença no mundo. Diário Catarinense, Florianópolis, 27 de fevereiro de 2013.
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