Ao final de 2009 a secretaria pensou em melhorar as condições dos nossos professores, fazendo a alteração da lei complementar 023/2007, em seu artigo 36, onde não mais os professores seriam indicados pelo poder público para exercerem suas atividades, e sim, uma escolha própria do local de trabalho, ou seja, de acordo com uma classificação de tempo de serviço e habilitação os professores podem, com amparo da lei, escolher suas turmas e escolas para o trabalho. Isso mostra pela primeira vez em nosso município a democratização do trabalho.

Em 2011 iniciamos o Plano Municipal de Educação, do qual os professores fazem parte da realização e devem já ter observado que este também trata da valorização do magistério. Este plano terá vigência de 10 anos no município, assim como o Plano de âmbito federal. Mais uma vez a administração, através da secretaria de educação, abriu portas para que os nossos professores tenham vez e voz para suas solicitações.

Nos dias 14 e 15 de março, a Secretária Salete esteve em Florianópolis em um grande encontro da UNDIME com demais secretários de educação para tratarem justamente da implantação do reajuste do piso salarial. Neste encontro foi discutido como o estado e municípios irão se adequar para o reajuste salarial conforme lei número 11.738 de 16/07/2008. Ficando certo que os governantes irão cumprir a lei buscando formas junto ao Governo Federal dentro do prazo estipulado e amparados também por lei, os recursos para destinação do pagamento da folha salarial dos professores.

Ressaltamos que a Administração Municipal de Vargem, nunca se colocou contra o pagamento, tanto que no ano passado fizemos um reajuste de 19.8% e neste ano que nem bem iniciou já estávamos procurando recursos para os 22%. Mas nossos professores decidiram aderir a paralisação no dia 15 de março, quinta-feria passada antes mesmo de trazer a resposta do encontro em Florianópolis. Vejam senhores pais e comunidade Vargense que nossos professores têm o direito de reivindicar o reajuste do piso salarial, mas que a administração não se impõe em cumprir a lei. Então, não há diversidade e nem contradições, pois tanto professores, a administração, juntamente com a Secretaria de Educação estão do mesmo lado, o que acontece é que a administração tem um prazo legal para buscar recursos para os pagamentos e é o que já está sendo feito desde o ano passado. Até porque o valor a ser reajustado alterará nos orçamentos da prefeitura.

 

Enquanto Secretaria de Educação, não vemos necessidade de paralisação e revolta dos professores, pois já explicamos que estamos indo atrás dos recursos e lutamos pela mesma causa.

 

Somos contra a paralisação, mas a favor da negociação, uma vez que a paralisação prejudica o andamento dos trabalhos dos dias letivos, sabemos que muitos pais trabalham fora e não têm com quem deixar seus filhos e, principalmente, a qualidade de ensino, o direito do aluno de estar em sala de aula cumprindo os dias letivos deve ser preservado.

 

Somos sábios de entender que a lei existe e deve ser cumprida. Sabemos também que profissionais bem pagos, resultados dobrados.