Desde muito tempo nós, seres humanos, olhamos para o céu para tentarmos compreender o imenso universo do qual fazemos parte, seja por medo, necessidade ou simplesmente por curiosidade. Os antigos, ao olharem para cima, perceberam que os astros possuíam certa rotina celeste, ou seja, desenvolviam alguns movimentos capazes de serem observados e medidos periodicamente.
Assim como os antigos, ao olharmos para o céu noturno estrelado, ou mesmo durante o dia com o Sol visível, podemos perceber várias peculiaridades interessantes, como o movimento aparente dos astros, que nascem todos os dias do lado leste do horizonte e se escondem ao final do dia no lado oeste, mas nunca no mesmo ponto. Essa é uma clara evidência de que nosso planeta possui um movimento de rotação ao redor de si mesmo e um movimento de translação ao redor do sol.
Observar para prever – A partir da observação cada vez mais precisa dos movimentos, os povos da antiguidade perceberam que poderiam adaptar-se melhor a alguns problemas que enfrentavam constantemente, como a época das chuvas, enchentes de rios e longos períodos de estiagem. Dessa forma, eles começaram a fazer marcações e criaram divisões de tempo para melhor enfrentar essas condições adversas, buscando prever tais eventos. Assim foram criados os primeiros calendários da história, devido à necessidade de o ser humano se adaptar ao meio ambiente.
Nosso calendário – O calendário atual descende do antigo calendário romano, que também se baseava nos movimentos da Lua. Primeiramente esse calendário possuía uma alternância de meses com 29 e 30 dias, o que dava um total de apenas 354 dias, e a cada três anos era introduzido um 13º mês para torná-lo mais eficaz. Posteriormente, Júlio César, orientando-se com um astrônomo, criou um calendário que possuía três anos de 365 dias e um ano de 366 dias, o famoso ano bissexto. Esse calendário ficou muito famoso e recebeu o nome de calendário Juliano, devido ao nome do imperador que também deu nome ao sétimo mês Julho. O calendário Juliano utilizou a data da fundação de Roma para dar o início à contagem dos anos 753 a.C.
Em 1582, o papa Gregório 12 promoveu mais algumas alterações no calendário ocidental, tornando-o muito utilizado atualmente. dez dias acumulados. Para que o início de cada estação correspondesse na época certa; eliminou a ocorrência de anos bissextos durante três anos seculares para cada período de 400 anos e a contagem de dias do mês passou a ser caracterizada por números cardinais. O calendário Gregoriano utiliza o ano de nascimento Cristo como início de suas marcações.
Estudando os movimentos do Sol e demais astros visíveis com relação à Terra, podemos facilmente gerar bons tópicos relacionados à Física para explorarmos em sala de aula. Afinal de contas, foi o estudo desses astros que nos levaram à elaboração dos calendários e da contagem do tempo como os conhecemos hoje. Fica a dica para uma viagem através da história da ciência a fim de melhor compreendermos os fenômenos que observamos e sentimos em nosso cotidiano.
Referência:
PREIXOTO, Denis Eduardo. Como surgiram os calendários? Jornal Mundo Jovem. Porto Alegre, fevereiro de 2012.
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