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AUTO - ESTIMA

Por João Maria

Algumas características podem ser hereditárias. As descobertas enterram definitivamente a noção de que a auto-estima é formada apenas por influência dos pais.

Outros estudos, feitos com filhos adotivos, também indicaram que a genética pode ter um peso considerável na auto-estima. Segundo as pesquisas, a auto-estima de crianças adotadas não é influenciada pelo comportamento dos pais adotivos. "O que ainda não se sabe é quanto da auto-estima é formado pelos genes e quanto é resultado do ambiente".

O primeiro passo para melhorar a auto-estima, segundo médicos e psicólogos é identificar os comportamentos e as crenças negativas que foram construídas durante a vida. Coisas como acreditar-se incapaz de realizar grandes projetos, de conseguir um bom marido ou uma boa esposa e achar que subir na carreira e ganhar muito dinheiro é privilégio apenas de outras pessoas. A partir daí, é preciso questionar essas crenças. As que não contribuem para uma vida harmoniosa devem ser elimadas do comportamento do dia-a-dia. Segundo os psicólogos, são os pensamentos e as atitudes próprias ? e não os eventos externos ? que moldam os sentimentos. Assim, se um indivíduo tem uma vida distorcida de si mesmo, terá auto-estima baixa. Ter baixa auto-estima não significa, necessariamente, ter depressão, mas uma coisa pode levar a outra. "Uma pessoa com baixa auto-estima se enxerga de maneira negativa, mas consegue levar uma vida normal. Quem tem depressão, além dessa visão negativa, perde a motivação para viver", diz a psicóloga Eliana Melcher Martins da Unifesp.

Existem seis regras básicas para elevar a auto-estima e ganhar confiança de maneira permanente. Elas funcionam a partir do momento em que se decide identificar as crenças negativas e se trabalha continuamente para modificá-las. As regras são as seguintes: 1) Examinar o passado; 2) Achar um meio-termo; 3) Dar um sentido à vida; 4) Focar os aspectos positivos; 5) Comentar com a família e os amigos as realizações positivas; e, 6) Fazer ginástica.

Um estudo conclui que os brasileiros possuem auto-estima baixa em comparação com os americanos e os franceses. Apesar de terem auto-estima baixa, os brasileiros são os que mais têm esperança. "Existe no Brasil uma cultura de condenar quem se vangloria das próprias realizações de enaltecer a humildade. A arrogância costuma ser confundida com auto-estima em excesso".

"Um erro grave é tanto se julgar mais do que se é quanto se estimar menos do que se merece". A moderna psicologia não aceita mais a idéia de que alguém possa ter auto-estima em excesso. Seria como ter saúde em excesso. Os complexos de superioridade e a arrogância pertencem a outra natureza. Uma pessoa com auto-estima elevada acredita que tem o controle da própria vida, sente-se confiante em lidar com os contratempos e almeja alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional.

Eu sou o meu melhor amigo.

João Maria da Silva

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