Lages recebe nesta semana mais uma edição do Programa Alesc Itinerante
ENERGIA SOLAR
João Maria da Silva, administrador da EEB. Pe Antônio Vieira. Endereço eletrônico: joaomaria.ag@gmail.com
Nova geração de usinas solares garante eletricidade mesmo quando o sol se põe.
A energia solar, captada por painéis de silício é apontada como uma das melhores alternativas para diminuir a dependência mundial dos combustíveis fósseis na produção de eletricidade. Seu uso doméstico se disseminou, mas usinas de painéis solares com potência para iluminar milhares de casas ainda são caras e tem baixa capacidade de armazenamento. Além disso, elas têm uma grande limitação. Não funcionam à noite (por enquanto). Uma nova geração de usinas nucleares, chamadas de térmicas, vem se firmando como uma opção para produzir eletricidade com a ajuda do sol. Ao contrário das convencionais, que usam a luz para ativar painéis fotovoltaicos, as usinas térmicas utilizam o calor dos raios solares, refletidos por espelhos e captados por uma torre receptora. Esse calor é usado para aquecer um fluido, geralmente sal liquefeito, que permanece estocado em reservatórios em alta temperatura ? como café quente numa garrafa térmica. Quando há demanda por eletricidade, o fluido é conduzido até um gerador e o vapor que ele desprende move uma turbina, produzindo eletricidade. O fluido é reaproveitado e, ao longo do dia, o conjunto de espelhos se movimenta para manter o melhor ângulo de captação da luz e do calor do sol. Esse sistema, com tecnologia bem mais simples que a empregada nas usinas fotovoltaicas, é semelhante ao usado nas termelétricas, com a enorme vantagem de não produzir poluição atmosférica. Há atualmente no mundo cerca de cinqüenta usinas solares térmicas em diferentes estágios de planejamento ou construção.
Como ocorre com todas as formas de energia renováveis, o desafio de energia solar térmica é chegar a um custo de produção competitivo.
Atualmente, menos de 1% da eletricidade consumida no mundo provém de energia solar, mas segundo os especialistas, essa porcentagem deverá crescer significativamente. Bem logo será de 5%. O custo de construção das usinas é menor, aproveitamento da eletricidade gerada, maior. O sol é fonte de energia inesgotável e limpa, isto é, não poluidora.
Pesquisas indicam que, daqui a vinte anos, o mundo vai consumir 50% mais energia do que hoje. Num planeta de recursos naturais limitados e assombrado pelo aquecimento global, os investimentos em fontes renováveis de energia recebem cada vez mais atenção de governos e da iniciativa privada.
No mundo todo acabou a era da energia barata e do descaso com o meio ambiente. Por isso, o uso da energia energética renovável terá de se expandir nos próximos anos. As usinas solares térmicas devem ter um papel de destaque nesse novo cenário energético global.
Devemos considerar com acento a energia eólica, dos ventos, e a energia dos mares, das ondas.
Referência
Revista Veja - 2060 ed ? ano 41- n 19 ? 14 de maio de 2008. pp. 116/120
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