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Um Conto por Um Conto

Maria Leoni P.Damasceno,2007

Era uma tarde chuvosa de outono, não lembro bem o ano, só sei que já faz alguns
janeiros.

Uma tarde de outono, uma garoa fina, ar ameno, convidou-me para um passeio como já era de costume;

Saí a pé estrada a fora, ouvindo a melodia do cantar da passarada, o cheiro da terra virgem, o perfume das flores, a cantarola das águas do riacho calmo que corre sem preocupação com o amanhã.

Embrenhando-me mata a dentro, não percebi o tempo passar.

Era como descobrir um paraíso ainda não descoberto, quando em nossos dias a Natureza vêm sendo agredida brutalmente, sabendo-se que poucas são as pessoas que têm conciência da necessidade da sua preservação.

Andei muito, por vales, coxílias, e, de repente, percebi que não sabia encontrar o caminho de volta, foi quando alguém suavemente pegou em minha mão e disse: Siga-me.

Era uma moça alta morena, ou pode-se dizer negra, de fisionomia tranqüila, passos lentos, caminhando em silêncio, apenas eu sentindo sua paz, que tomava conta do meu coração.

Quando nos aproximamos de uma velha taipa que fazia um corredor para chegar perto da minha casa, simplesmente ela desapareceu, a barra do dia vinha surgindo por de traz dos montes.

Nada comentei com meus pais com medo da represália.

Certo dia, Mamãe mostrava umas fotos a parentes vindos de longe, foi quando eu reconheci a moça da foto sendo a mesma que havia me socorrido. Contei o ocorrido, e Mamãe me disse: impossível, pois esta Negra velha foi a ama de leite da sua falecida Avó que faleceu com quase 80 anos.

Nesse momento entendi que Anjos ocultos cuidam dos nossos passos, sejam eles brancos ou pretos, tendo as bênçãos de Deus quando chamados, podem nos ajudar.

Este não é um causo de assombração, é Um Conto Por Um Conto.

Quem duvidar , procure este lugar encantado, e, se por ventura perder-se no caminho, essa pessoa o conduzirá até o lugar seguro como aconteceu comigo, pois todos temos o nosso Anjo da Guarda.. ( Maria Leoni P.Damasceno,2007)

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