Temos que ser verdadeiros e buscar o amor ao próximo, respeitar suas diferenças e suas crenças.
Seja você católico(a) ou não, é impossível não reconhecer a transformação que o papa Francisco está fazendo no mundo e como ele está adaptado a esse novo tempo. Nosso Chico está remodelando a Igreja e isso nos mostra que estamos em um momento de transição. As instituições já não são as mesmas e não irão sobreviver sem se adaptar à nova realidade.
Antigamente, a produção de conhecimento era controlável, previsível e mais lenta. As pessoas tinham pouco acesso ao conhecimento e se submetiam às regras do jogo. Hoje, as pessoas são mais críticas, têm mais conhecimento à disposição e, com a internet, estão conectadas. Tudo acontece de forma mais dinâmica e imprevisível. Essa mudança é boa. Empodera as pessoas, estimula a democracia e provoca uma reflexão sobre várias verdades que  precisam ser revistas na sociedade atual.
Papa Francisco, além da fé e dos valores cristãos consegue passar essa perspectiva também por meio de suas ações. Já não há mais espaço para instituições rebuscadas, hierarquias inatingíveis e discursos mecânicos.
Isso é visível em pequenas atitudes, como a escolha por uma cadeira e roupas mais simples, por dormir e fazer suas refeições próximos aos seus companheiros de jornada na fé, por escrever seus próprios discursos e, nitidamente, falar o que vem do seu coração.
Por meio do seu exemplo, entendemos que temos que ser verdadeiros e buscar o amor ao próximo, respeitar suas diferenças, suas crenças.
Para isso, não significa deixar de seguir os nossos princípios e nossa moral, muito pelo contrário: significa adaptar nossas ações e pensamentos para um momento de colaboratividade e simplicidade. Afinal, podemos, sim, viver a pós-modernidade e com base nos princípios sólidos da fé, do amor, do respeito ao bem comum nos permitirmos a construção de um mundo melhor para todos.
Referência: CHAVES, Thiago. Exemplo do sábio Chico. Diário Catarinense. Florianópolis, junho de 2016.