Lages recebe nesta semana mais uma edição do Programa Alesc Itinerante
Longevidade Parte 1
João Maria da Silva. Endereço eletrônico: joaomaria.ag@gmail.com
A qualidade de vida no futuro depende de opções no presente. Um debate sobre o futuro de todos nós. Questões relacionadas à longevidade ocupam lugar de destaque na agenda de inúmeros países. O Japão é o recordista mundial na longevidade com mais de 36 mil centenários. E, hoje, há 1.500 japoneses com mais de 105 anos. No Brasil, atualmente o número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos chega a mais de 18 milhões. E, segundo projeções do IBGE, em 2050, este número poderá chegar a 64 milhões. O crescente aumento da expectativa de vida dos brasileiros exige uma ampla discussão sobre assuntos relacionados à qualidade de vida das pessoas. Longevidade: um assunto para ser pensado em conjunto. Com a intenção de discutir questões como estas, a Bradesco Vida e Previdência realizou o IV Fórum da Longevidade, no Brasil. Neste Fórum participaram a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, professora da UFRJ; o cientista social José Carlos Libânio, ex-coordenador para o Desenvolvimento Humano da ONU no Brasil; o geriatra Thomas Perls, diretor do New England Centenarian Study e médico da Universidade de Boston (EUA) e o Diretor-Geral da Bradesco Vida e Previdência Lúcio Flávio Conduru de Oliveira. Brasileiro com mais de 60 anos é otimista ativo e valoriza sua independência é o que constatou a pesquisa de Libânio, segundo o mesmo, "Brasil precisa mudar sua cultura em relação ao envelhecimento. Do estudo, pode-se concluir que lidar com o segmento sênior requer que gerações e empresas adotem um novo modelo mental, segundo Libânio, isso implica na desconstrução de estereótipos criados em relação a esse grupo. É preciso passar a entender essa fase da vida a partir da perspectiva daqueles que a vivenciam. Segundo os entrevistados disseram, o que envelhece é o corpo e não o espírito. Estar vivo e saudável são aspectos chaves para se afastarem de uma imagem distorcida e preconceituosa em relação a eles mesmos. Uma exigência: ser respeitados pela sua trajetória de vida e experiência. Os entrevistados disseram que por conta do preconceito social, evitam situações que os isolam e excluem, mesmo quando têm privilégios. Exemplificando, evitam filas preferenciais ou lugares marcados para pessoas idosas. A longevidade depende diretamente da forma com que encaramos a vida. Primeira coisa: deixe as idéias preconcebidas em casa. Velhice não é sinônimo de doença, embora nossa sociedade tenha se acostumado com esta máxima. A pessoa excepcionalmente velha é aquele ser humano privilegiado, que venceu muitas dificuldades, driblou doenças e chegou graças a sua saúde, à condição de pessoa centenária. Diz Perls, é fato que a tecnologia tem contribuído e muito para que cada vez mais pessoas atinjam 100 anos de idade. Mas é bom lembrar, nenhuma máquina ou medicamento faz milagres. Muito depende da postura de cada um perante a questão. 75% da nossa saúde na velhice depende da forma como encaramos a vida. Ou seja: envelhecemos como vivemos. João Maria da Silva.
Endereço eletrônico: joaomaria.ag@gmail.com
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