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Longevidade parte 2

João Maria da Silva. Endereço eletrônico: joaomaria.ag@gmail.com

O Dr. Perls tem investigado os fatores conhecidos que levavam à idade avançada e outros dados igualmente importantes, como ter vida espiritual relevante, manter amizades e bons relacionamentos e ter uma postura mais relaxada diante das adversidades. O geriatra não se deteve apenas no estudo dos centenários: ele analisou seus filhos também. E, além das características genéticas, todos demonstraram ter este equilíbrio essencial diante dos problemas. Referindo-se a um estudo sobre os adventistas do 7º dia, o Dr. Perls disse que "a expectativa de vida média desse grupo é de 88 a 90 anos de idade". Por convicção religiosa, eles não fumam ou bebem, são vegetarianos, se exercitam e cultivam vínculos. E, obviamente, mantém a espiritualidade acesa, o que os ajuda a enfrentar melhor as dificuldades.

"Cheguei a algumas conclusões sobre a longevidade", afirmou o geriatra. Além dos fatores já citados não fumar, beber com moderação, exercitar-se pelo menos 30 minutos por dia – é preciso "ensinar" coisas novas para o cérebro diariamente. "Novas e desafiadoras, que o instiguem, como aprender uma língua diferente, tocar um instrumento", ensina o especialista. Para viver mais, prega ainda que se evite as fórmulas milagrosas. "A indústria antienvelhecimento faz muito mal à saúde".

O mais desafiador, talvez, seja manter o bom humor e a energia diante das adversidades da vida. Para isso, ajuda cultivar um rol significativo de amigos verdadeiros e manter, sempre, a curiosidade de uma criança diante dos acontecimentos da vida. Interessar-se por tudo, nunca deixe de fazer planos e celebre cada aniversário com gratidão e alegria: afinal, ser velho é um privilégio, não um fardo.

O cérebro deve ser o seu maior aliado na longevidade – A neurocientista Suzana Herculano-Honzel, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentou a palestra "Fique de bem com seu cérebro". Enfatizou a importância de manter o estresse sob controle para a conquista do tão almejado bem-estar físico e psicológico, pois é impossível separar a mente do organismo.

Uma variante do estresse é a ansiedade. "Ela é a resposta do organismo para uma situação que ainda não existe".

Uma das saídas para trabalhar o estresse e diminuir a ansiedade é ter um hobby, divertir-se e relaxar. E fazer exercício físico prazeroso.

Outra forma de enfrentar o estresse: cultivar o amor e carinho, que são manifestações óbvias de apoio social. Segundo Suzana, o cérebro de crianças que recebem atenção cresce de maneira tal que fica mais resistente às situações de estresse.

É fundamental para a saúde cerebral manter este órgão vivo. Além do exercício físico e das relações afetivas, é preciso procurar formas de exercitar nosso cérebro. Ler, fazer palavras cruzadas, caça-palavras ou sudoku são alguns mecanismos para manter o cérebro ativo.

João Maria da Silva.
Endereço eletrônico: joaomaria.ag@gmail.com

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