A principal fonte de sofrimento deste início de século é a obrigação de ser feliz.

A busca pela felicidade é um direito inalienável do ser humano de hoje, mas obtê-la, seja lá da forma como a consideramos, não pode se transformar em um dever. Freud proclamou: não fomos feitos para sermos felizes.

Nem sempre as férias resolvem o problema da felicidade.

Uma viagem para queimar o traseiro na praia daria alegria? Ir a um baile resolve o problema da solidão?

Muitos, em suas infelicidades, começam a comprar compulsivamente achando que os objetos lhes ajudarão. Até podem, momentaneamente. Assim está, entre outras razões, a mentalidade reinante do ser humano, procurando mil formas de buscar o estado de prazer e bem-estar.

A mídia nos vende a ilusão da felicidade, mostrando pessoas bem sucedidas e cheias de prazer. Mas o ser humano foi feito igualmente para a alegria e para a tristeza e se há alguém que, vez ou outra, não fica triste, está tão doente e desligado da realidade quanto aquele que quase nunca consegue estar feliz.

O que caracteriza a pessoa feliz é sua existência e a maneira como vive. O simples fato de estarmos neste mundo já é motivo para sermos felizes, e mais alegres ainda devemos ficar ao sabermos que, após a morte, a vida ainda continua.

Ser feliz não é somente alimentar-se de certezas e esperanças de que tudo acabará bem, mas ter a sensação de que a vida vale a pena, apesar das dificuldades que ela nos oferece.

Um dos maiores desafios do homem moderno é conseguir tornar interessante o pequeno ambiente em que vive, colorir este pequeno mundo, valorizar alto as pequenas coisas que fazem o dia-a-dia ao seu redor. Nada torna a felicidade mais distante do que tentar encontrá-la longe de você.

Os melhores lugares do mundo não resolverão os problemas de sua infelicidade, pois quem procurou viajar encontrou-se enfado. Quem procurou a riqueza encontrou a discórdia e a preocupação. Quem procurou amar demais, esqueceu de amar a si próprio e deprimiu-se.

As pessoas mais felizes não vivem buscando a felicidade fora, e sim, buscam dentro de si a vida por inteiro. Gostam de viver, nem tanto pela vida que levam, mas porque se aceitam e gostam de si mesmas.

SEJA FELIZ! Até a próxima!