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Edson Varela

Pior que o tarifaço de Trump

Enquanto se debate a taxação de produtos brasileiros pelos EUA, há um tema de maior reflexo a quem vive da lida rural. E isso inclui agricultura, pecuária e reflorestamento. Trata-se da legislação federal considerando os Campos de Altitude áreas a partir de 400 metros em relação ao nível do mar. Isso prevalecendo, 76% do território catarinense (incluindo, naturalmente, toda a Região dos Lagos) teria sérias restrições para as atividades rurais.
Essa realidade restritiva já se visualiza nas notificações milionárias impostas a proprietários de áreas na Coxilha Rica (Capão Alto e Lages). Os fiscais entendem que aquilo que afeta a biodiversidade não pode ter exploração econômica (plantio de soja, milho, nem gado ou reflorestamento). Para dar segurança jurídica a produtores rurais, o governador Jorginho pediu no STF para suspender as ações judiciais sobre o tema até a análise da ADIN.
Essa ADIN combate o Código Ambiental Catarinense que estabelece como Campos de Altitude áreas com mais de 1.500 metros em relação ao nível do mar. O Ministro Gilmar Mendes suspendeu liminarmente o andamento das ações, atendendo ao pedido de SC. Como depende de concordância do plenário do Supremo, até esta sexta-feira, 22, ministros decidem se concordam (ou não) com Gilmar Mendes. É ou não é um tema mais espinhoso e preocupante que o tarifaço de Trump?

 
ENTENDAMOS QUE... - O julgamento desta semana no STF ainda não é sobre o Código Ambiental Catarinense, mas em relação à suspensão das ações judiciais. Isso até que se avalie a ADIN protocolada contra a lei catarinense. Se lá nessa análise (da Adin) se decidir que vale a regra de que passou de 400 metros é campos de altitude, é só fechar a porteira e contemplar a natureza porque a atividade rural estará parcialmente engessada. E quem insistir levará multas severas, conforme já ocorreu na Coxilha Rica.

O voto do Ministro Alexandre de Moraes acompanhando o relator numa questão que interessa à Serra Catarinense

FORÇA DO AGRO – Dando uma espiada nas notícias da Rádio Cultura de Campos Novos, chama a atenção a repercussão nas contas públicas da força do agro. No primeiro semestre deste ano, a prefeitura do ‘celeiro catarinense’ somou uma arrecadação de R$ 158 milhões, numa média de R$ 26 milhões mensais. E o sonho de consumo de todo o prefeito se evidencia na realidade das finanças em Campos Novos. O gasto da arrecadação com a folha dos servidores está no patamar de 42%. Bem diferente de realidades como aqui de Anita Garibaldi onde os gastos com o funcionalismo rompem os 50% daquilo que é arrecadado.


EM BLUMENAU – “Importantes ajustes que serão implementados na unidade de Anita Garibaldi, que irão ajudar ainda mais nosso município”. Esse foi um dos motivos do deslocamento do prefeito Henrique Menegazzo a Blumenau, onde visitou o empresário Beto Baby e demais gestores da empresa Bella Janella. O prefeito retornou impressionado e inspirado com o exemplo de empreendedorismo dos anitenses.

A visita de Henrique Menegazzo a Beto Baby na matriz da Bella Janella em Blumenau

NÚMEROS DO COSTELAÇO – É sempre oportuno reforçar a divulgação do resultado da 8ª edição do Costelaço que arrecadou recursos para o Hospital Frei Rogério. Entre doações e vendas, foram arrecadados R$ 51.836,00. Desse montante houve R$ 16.310,00 de despesas, sobrando um valor líquido de R$ 35.526,00. Delmir Ferreira de Lima, da Associação Amigos do Hospital apresentou o resultado.


GRACIAS, ANITENSE – Importante agradecer aqueles que ajudam construir essa grande ação que é a manutenção do hospital Frei Rogério. De cada um dos frequentadores do Costelaço àqueles que, somado, doaram R$ 8 mil, vale o registro e a crença que Deus lhes retribuirá. E da mesma forma, ao vereador Allan Isaias que, embora não tenha feito doação para ‘aparecer’, a gente registra para que sirva de exemplo. Até porque, um valor de R$ 5 mil é muito importante ao hospital de Anita.


AINDA O COSTELAÇO – Na campanha eleitoral do ano passado houve promessa de que o custo da costela comprada para ser assada neste ano não ficaria a cargo dos organizadores. Quem prometeu sabe. E a comunidade também!


DA RAIA DO SOITA – Tem umas referências que a gente guarda com carinho dos tempos da infância. É o caso da localidade Raia do Soita que ficava (e ainda fica) logo ali nas cercanias da Linda Vista, no lado de cá da divisa com Cerro Negro. E Henrique Menegazzo, para evidenciar que não é um prefeito de gabinete, esteve conferindo o patrolamento na estrada da Raia do Soita. Segundo ele, moradores disseram que há 7 anos uma patrola não era vista para aqueles lados. A estrada estava ‘com saudade’ da amarela e os moradores na ‘precisão’.

Henrique nas lidas do interior conferindo o trabalho na estrada da Raia do Soita

ANITA GARIBALDI – Por causa desse poder/dever de cobrar débitos em atraso, está em andamento o Refis em Anita. Pelo que consta, esse programa que dá desconto em multas e juros (o valor principal do imposto em atraso é cobrado na totalidade) pode ser feito uma vez por mandato em cada município. Contribuintes em atraso estão convidados a não deixar ‘o cavalo passar encilhado’. E quem não resolver com as facilidades de desconto e parcelamento previstos no Refis, não reclame de ver o nome ir para o Cartório.


CERRO NEGRO – Não é novidade que os prefeitos que não cobrarem os impostos municipais podem sofrer sanções do Tribunal de Contas. E por causa disso, a prefeitura de Cerro Negro teve o cuidado de informar, baseando-se na Instrução Normativa TC-36/2024, que quem não pagar tributos em atraso, terá a dívida protestada em Cartório. Prefeito que não cobrar seus impostos será cobrado pelo TCE/SC.

Prefeito Lai cuja cobrança de contribuintes em débito não é opcional, é exigência legal


CASCALHEIRAS NA SERRA – Quem tem estradas rurais patroladas fica na expectativa da colocação de pedra (cascalho). Mas os municípios têm muita dificuldade de conseguir liberação de cascalheiras que permitam a produção de material. Tanto que a Amures, via Cisama, implementa a criação do Núcleo de Procedimento de Cascalheira. A ideia é uniformizar protocolo para regularizar a exploração de locais de onde se extrairá cascalho e outros materiais. Nos 18 municípios da Serra, eram ao todo 243 cascalheiras cadastradas e, atualmente, são 181 que dependem de algum tipo de regularização.


CASA CIVIL – A marina e o parque aquático como ações estruturantes para o turismo de Abdon Batista estiveram na pauta da reunião entre o prefeito Lucimar Salmória e o secretário Kenedy Nunes (Casa Civil do Estado). O prefeito apresentou os projetos, inclusive com vídeo ilustrativo e prospecção daquilo que se tornará os espaços com as melhorias implementadas. “Deixamos a Casa Civil confiante de que teremos parceria e muito em breve as licitações para essas inovações em Abdon Batista”, citou ao final da reunião o prefeito de Abdon.

Prefeito Lucimar ‘vendendo’ os projetos da marina e do parque aquático ao secretário Kenedy (Casa Civil)

ABDON BATISTA – Exemplo de que não adiante ficar lamentando a ausência de água naqueles períodos de estiagem que a gente sabe que retornarão. Abdon Batista pediu e recebeu do Governo do Estado reservatórios para armazenamento de água visando atender a comunidade em situações emergenciais. Ao todo a Defesa Civil de Santa Catarina viabilizou 14 reservatórios. A torcida é que não venha estiagem, mas se houver período longo de ausência de chuva, Abdon apresenta um bom exemplo de resposta prática ao problema.

Reservatórios que garantem menos angústia em caso de estiagem em Abdon

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