Outubro Rosa: Entre o alerta e a esperança
Outubro Rosa é, antes de tudo, um convite à reflexão, à ação e à solidariedade. É o mês em que a sociedade se volta de maneira ainda mais intensa para o câncer de mama, um dos mais comuns entre mulheres no Brasil e também para a urgência em se garantir diagnóstico precoce, tratamento acessível e apoio para quem enfrenta essa doença. Neste cenário, vale olhar tanto para os desafios persistentes quanto para as histórias de resiliência e cura que nos inspiram.
Alguns números ajudam a dimensionar a situação, mostrando o alcance do problema e também as oportunidades de mudança:
- Em 2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil.
- No ano anterior, foram realizados aproximadamente 4,4 milhões de mamografias no SUS, sendo 2,6 milhões em mulheres da faixa prioritária (50–74 anos).
- Em 2023, foram contabilizados mais de 20.000 óbitos pela doença.
- Em termos de faixa etária, uma em cada três mulheres diagnosticadas entre 2018 e 2023 tinha menos de 50 anos, o que aponta para a necessidade de repensar critérios de rastreamento.
- Também há indícios de que a mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos está diminuindo, o que sugere efeito positivo de rastreamento e tratamento mais cedo nessa faixa etária.
Outubro Rosa deve nos lembrar que cada mulher importa — pois cada exame atrasado, cada mamografia perdida, pode significar a diferença entre uma esposa, irmã, filha ou amiga estar com a gente por mais tempo. A cura é real, a ciência avança, e a solidariedade humana precisa acompanhar. Só assim transformaremos o alerta em vitória concreta.
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