Mais uma vez os olhos do mundo estarão voltados para um só lugar. E não se trata de uma guerra que devasta nações e mata milhões, mas sim do esporte mais popular do mundo, que levará pela primeira vez a um país Africano o maior espetáculo da terra ?A Copa do Mundo de Futebol?. Há um mês do início da Copa da África do Sul o Jornal Correio dos Lagos trará uma série de reportagens sobre os cinco títulos mundiais conquistados pela Seleção Brasileira. Histórias,curiosidades, dor e principalmente raça.

Mais uma vez os olhos do mundo estarão voltados para um só lugar. E não se trata de uma guerra que devasta nações e mata milhões, mas sim do esporte mais popular do mundo, que levará pela primeira vez a um país Africano o maior espetáculo da terra “A Copa do Mundo de Futebol”.
Há um mês do início da Copa da África do Sul o Jornal Correio dos Lagos trará uma série de reportagens sobre os cinco títulos mundiais conquistados pela Seleção Brasileira. Histórias,curiosidades, dor e principalmente raça.

SUÉCIA 1958

Era Junho daquele ano e já se passavam 2905 dias depois da histórica derrota do Brasil no Maracanã, na final da copa de 1950 para os Uruguaios, e aquele jogo ainda assombrava a memória dos brasileiros que entraram em campo para enfrentar na final, os anfitriões Suecos. O jogo certamente seria difícil, mas dessa vez havia um diferencial, um homem que entraria para a história como o maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente “Pelé”.
Na véspera do jogo, a comissão técnica adquiriu o novo fardamento no comércio de Estocolmo e costurou os números e os escudos da CBD, arrancados das malhas amarelas. Tudo pronto para a consagração. Ninguém pensava na repetição de 1950. Não até os quatro minutos de jogo, quando Liedholm marcou Suécia 1x0, seria a repetição de 50? Não, aquela seleção que tinha Djalma Santos, Zito, Belline, Nilton Santos, Orlando, Gilmar, Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagalo mostraram ao mundo o futebol arte e trouxeram para o Brasil o primeiro dos cinco títulos nacionais. Quatro minutos depois do golpe o Brasil empatava, com Vavá. A virada veio aos 32min, com outro golaço do atacante. A torcida local trocou de lado, pois sabia que a derrota era inevitável e que estavam diante dos melhores. O resto da partida foi um espetáculo brasileiro, com gols de Pelé, Zagallo e outro de Pelé, no último lance da partida. Depois de marcar de cabeça, o menino caiu desmaiado e o árbitro Maurice Guigue apitou o final do jogo. Quando retomou os sentidos, Pelé era campeão do mundo, assim como seus 63 milhões de compatriotas. O país explodiu em lágrimas, desta vez, de alegria. Enquanto centenas de milhares de pessoas saíam às ruas num carnaval improvisado. O rei da Suécia, Gustavo VI, entregava a taça Jules Rimet a Bellini, na tribuna de honra do estádio Rasunda. O capitão segurou o troféu de ouro com as duas mãos e o ergueu acima da cabeça, em direção ao céu mostrando ao mundo que ali nascia o maior futebol do mundo.