Embora já tenha sido assunto do final de semana, mas ainda rende comentários mundo a fora, a organização dos Jogos Olímpicos. O País superou  todas as expectativas,  a Rio 2016 realizou um evento fantástico, que contou com alguns problemas pontuais que apareceram e rapidamente foram sanados. Dentre alguns destaques, a Vila Olímpica, a piscina verde e o caso da denúncia desastrosa sobre  o falso assalto  dos nadadores americanos que quiseram denegrir a imagem do País e se isentar de uma noitada de festa. Custou caro, a polícia descobriu, a imprensa americana caiu em cima e até patrocinadores deixaram de apoiar os nadadores. Mas a realidade é que, desde da cerimônia de abertura até a de encerramento da competição foi  um show e mostramos que temos competência para realizar um evento deste porte. Dentro dos locais de prova tudo magnífico, a torcida brasileira empurrou seus representantes e conquistamos com isso nosso melhor desempenho da história. Ficamos em 13º lugar na classificação geral, abaixo da previsão do COB que era permanecer entre os dez. Mas conquistamos 7 medalhas de ouro, 6 de pratas e 6 de bronze. Ao todo 19 medalhas, superamos a edição anterior em Londres e o melhor desempenho que tinha sido Atenas em 2004. O legado é que, apesar de vários problemas que o país tem devido a corrupção,  faltando investimentos em saúde, educação, desigualdades econômica e social, fomos capazes de mostrar nossas virtudes e valores ao mundo e que podemos superar todos os obstáculos.

Acredito que de todas as medalhas nenhuma foi mais festejada que o ouro no futebol masculino. Era essa que buscávamos há muito tempo, que batia na trave e não vinha, que craques como Ronaldo,  Rilvado,  entre tantos outros,  não conseguiram conquistar e garotos como, por exemplo, o goleiro Weverton, do Atlético Paranaense, nunca antes comentado e falado (goleiro seria o Fernando Prass e foi cortado por lesão) conquistou. Ele foi o responsável por defesas fundamentais durante toda a competição, e nas cobranças de penalidades máximas, justamente contra a Alemanha, pegou um que fez a diferença nas cobranças perfeitas de ambas as equipes. Aí coube a  Neymar cobrar e acertar a última cobrança para conquistarmos a tão sonhada medalha de ouro. Aliás este último é o único jogador do futebol brasileiro a conquistar uma medalha de ouro e outra de prata. Antes de começar eu já vislumbrava que a Seleção teria chances reais de ser campeã, começou meio desconfiada, mas se achou a cada jogo. Micale mudou a equipe, apostou em outros talentos que foram fundamentais para a conquista do ouro. Tenho absoluta certeza que esses garotos acrescentados a outros grandes nomes que a Seleção possui pode voltar aquele futebol arte que um dia apresentamos.  

 Falando nisso, agora as atenções se voltam para as Eliminatórias da Copa, e um dia depois das Olimpíadas o técnico Tite fez sua primeira convocação. Entre os convocados, 07 medalhistas de ouro, mas Walace e Luan que deveriam estar na lista ficaram fora. A surpresa foi Paulinho do chinês Guangzhou Evergrande, o atacante Taison do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, e acreditem, o meia Giuliano, ex-Inter, Grêmio e agora no Zenit da Rússia. Ele afirmou que escolheu os melhores no momento, que pequenos detalhes alteram a convocação, justificando assim as ausências de jogadores como Arão do Flamengo e Geromel do Grêmio. Afirmou que hoje o Brasil está fora do G4 de classificação para a Copa e vive um momento ruim. Não gostei da lista em sua totalidade, mas enfim, é com essa que vamos para os dois próximos jogos,  contra o Equador no dia 01 de setembro em Quito e contra a Colômbia no dia 06 em Manaus. Como afirmei anteriormente, não tenho dúvidas que o Tite é o melhor nome para comandar a Seleção, mas precisa apostar em outros jogadores, respaldo ele tem,  tanto da torcida, como da imprensa e dos jogadores. Agora é a hora da virada e  do reencontro com o futebol campeão. Este é o momento ideal para isto, com novo treinador e uma conquista olímpica.