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Na minha opinião

 Não é fácil escrever a coluna desta semana, principalmente quando queria estar escrevendo que nossa Seleção canarinho viveria as expectativas para a grande final de domingo. A Copa do Mundo no Brasil será decidida sem nosso país estar em campo e encerramos esta Copa sem pisar no Maracanã e com um grande vexame. Digo isso dentro de campo. Porque fora com certeza o Brasil ganhou a Copa. Organizamos um belo mundial, com arenas fantásticas, com hospitalidade do povo brasileiro aos estrangeiros melhor que o esperado, sem ocorrências policiais e sem  disputas ideológicas, políticas ou religiosas e apesar da queda do  viaduto em Belo Horizonte, não ofusca o brilho da Copa das Copas, ou a Copa da Paz.

 
Mas, dentro de campo aprendemos algumas lições do maior vexame da história do futebol brasileiro em mundial e numa semifinal. Sim, nossa Seleção jogava em casa, já tínhamos passado por uma derrota na final em 50 e isso não se repetiria, os ventos sopravam a nosso favor e o final tinha que  ser feliz. O que faltou? O que houve? Bom, primeiro é necessário deixar claro a  críticos como eu e muitos outros que ao lembrar daquela fatídica final da Copa da França em 1998,  imaginavam que aquela copa foi comprada,  para que o Brasil fosse a sede em 2014 e viria com o título em casa e tal. Jamais saberemos sobre aquela final,  até hoje ainda soa estranho, mas é fato que a sede voltou ao Brasil, só que o título,  ou não foi combinado  ou é tudo ilusão mesmo. E com certeza quem vence é o melhor mesmo.
 
Para responder então o que houve com a Seleção é muito simples. A verdade é que venceu o melhor. A Seleção da Alemanha treina há seis anos, basicamente com os mesmos jogadores e o mesmo técnico. Tem entrosamento. Possui um esquema profissional e pragmático. E, sobretudo, joga no coletivo. Tem craques, mais prevaleceu sempre o espírito de equipe, do toque de bola. A Alemanha, contudo, não dependia de heróis, de valores individuais, apenas. Foi a vitória do conjunto sobre o personalismo brasileiro. Foi a vitória da humildade, a Seleção jogou o bom futebol, tanto no primeiro como no segundo tempo, em nenhum momento agrediu o adversário, jogou bonito e até as entrevistas coletivas pós o jogo se solidarizaram com o nosso País que não merecia uma goleada desse tamanho.
 
A Seleção Brasileira em todos os jogos  desta Copa do Mundo venceu, mas não mereceu e não convenceu. Foram vitórias marcadas por jogadas pessoais de Neymar, de David Luiz, as defesas de Júlio César e  a sorte da trave, garantindo empates e bons resultados. Assim, a derrota era, de certa forma, previsível. O que realmente impacta, entristece e abala é este vexame da goleada germânica. Poderíamos ter um pouco mais de hombridade. Sabíamos que faltava o camisa 10, que faltava o camisa 9 e que não tínhamos mais o craque, mas Felipão poderia e deveria armar a equipe,  não só para fazer gols, mas para não levar e se levasse que fosse o menos possível. Frustra-se uma nação de 200 milhões pelo fim da  felicidade no futebol e seguimos o jogo da vida. Não teremos tão cedo outra Copa de Futebol então que se empenhamos por uma nova Copa da Saúde, da Educação e da Segurança. Estas sim garantem a felicidade plena dos brasileiros.
 
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