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Jogar futsal é mais que um hobby, é uma profissão

Num mundo onde o futebol e o futsal são reconhecidos por ser uma atividade masculina, existe um cenário de mudanças e não muito distante daqui, fazendo parte desta realidade, está a anitense Fernanda Fernandes, que aos seus 20 anos de idade é reconhecida profissionalmente por se dedicar ao futsal.
Residindo na cidade de Lages, a jovem que é filha de Gilnei de Oliveira Fernandes e Janice Maria Hermes Fernandes, está na 7ª fase do curso de Educação Física e desde os 8 anos de idade já dividia os gramados e quadras com meninos nas partidas de futebol. 
Fernanda lembra que iniciou jogando na CME em Anita Garibaldi com a professora Marilei, os treinos eram realizados duas vezes por semana, muitas vezes nos sábados, treinava primeiro com os meninos, depois com as meninas mais novas e para completar o time jogava com as mais velhas. Nessa época ela lembra que venceram muitos campeonatos regionais, se classificavam para as etapas estaduais, mas devido ao nível ser maior elas não obtinham sucesso.
Questionada de o que a levou a escolher o futsal, a jovem diz acreditar ser um esporte dinâmico, que exige velocidade e tomadas de decisões muito precisas. A atleta já fez parte das equipes de Anita Garibaldi, Barateiro de Brusque e Leoas da Serra, sua atual equipe da cidade de Lages.
Na sua visão, felizmente as Leoas da Serra cresceram e ganharam visibilidade graças as conquistas. O futsal feminino segue crescendo, o interesse das meninas tem aumentado, mas por ser uma região que se tem uma cultura ainda muito tradicional, as meninas não têm muito apoio. "De modo geral, não temos a visibilidade que gostaríamos, jogamos porque gostamos de verdade do que fazemos, por agregar valores que levamos para vida inteira, não pelo dinheiro. Nosso país é campeão mundial em todas as edições, temos a melhor jogadora do mundo brasileira, jogando no nosso estado e esse ano ela vai integrar o elenco das Leoas, e não entendemos o que falta para chegarmos nas grandes mídias", comenta Fernanda que aos 15 anos de idade passou a integrar a equipe do Barateiro de Brusque, oportunidade em que começou a tratar o futsal como um trabalho, seguindo rotinas, rendimento de verdade, recebendo pelo seu trabalho. "Hoje em Lages, continuo seguindo a rotina de treinos, e conciliando com os estudos que o time concede". 
Perguntada sobre o que ela espera para o futuro, a jovem atleta diz esperar que todos os esportes cresçam, não só o futsal feminino e que tenham uma maior visibilidade, que na escola ele seja tratado de maneira pedagógica, e não seletiva. "Precisamos desmistificar que esporte é só para meninos, o que é um pensamento antigo, vimos nas olimpíadas onde podemos chegar. Acredito que o esporte salve vidas pelo que ele carrega consigo", finaliza.
Além do futsal, Fernanda tem um hobby que é tocar violão e animar os encontros com amigos, almoços de família.

 

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